quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Prelúdio


O toque do telefone acorda
Horário previamente marcado
Um tempo ainda deitado
No alto, amarrada a corda

Premeditado há três dias
Levanto, pés no chão descalço
À cozinha com fome me alço
Leite, café e torradas frias

Preocupação excessiva com imagem
Unhas cortadas, banho demorado
Creme no cabelo, dentes escovados
Como será que os outros agem?

Melhor roupa do armário
Perfume francês, borrifadas
Cartas bem elaboradas
É chegado o horário

Subo para descer amarrado
Mãos e pés em movimento
Tarde para arrependimento
O pescoço está esticado