Assistir à copa do mundo em São José de Piranhas é muito mais emocionante. Todo jogo é dia de festa! Também pudera, Jatobá é a cidade mais festeira do Brasil. As pessoas se reúnem nas casas, calçadas, bares. Ao final da partida, tendo vitória brasileira, é formada uma carreata (carreata é modo de falar, porque tem carros, motos, bicicletas, pedestres), todos comemorando o resultado. Os torcedores-foliões, concluída a volta pelas principais ruas da cidade, continuam a festa, afinal, compra-se cerveja para os preparativos, os durantes e os posteriores. Apesar de todo esse clima festivo, a cidade não estava ornamentada para a competição, embora os moradores tenham paramentados suas residências. Nada de ruas pintadas, de bandeiras no alto da torre da “telpa”, de faixas verde e amarelo... Exceção feita a algumas bandeirolas (acho que juninas!) que enfeitavam a Praça da Alimentação, no centro da cidade, e duas Bandeiras Nacionais de cabeça pra baixo (?) hasteadas na mesma praça. Confesso que quando vi o símbolo da República colocada daquela forma, reprovei de imediato. Entretanto, passada a copa e aquele fatídico jogo em que a seleção brasileira jogou contra Felipe Melo, penso que, na verdade, aquilo foi um sinal, uma premonição futebolística, uma mensagem subliminar que queria nos dizer cada vez que passávamos pelo principal ponto de encontro de Jatobá: “Essa copa já era. O Brasil não passa das quartas.” Nunca acreditei em previsões de futuro, mas agora fico em dúvida, talvez o Lábaro tenha sido levantado com faixa “Ordem e Progresso” de ponta-cabeça em protesto à seleção que não traria o hexa, mesmo sabendo que as bandeiras foram afixadas antes no início do torneio mundial. É possível! Espero que em 2014 a bandeira esteja tremulando em todos os lugares do país do futebol, mas, desta vez, com vinte e seis estrelas em baixo e apenas uma sobre o lema na Flâmula.
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